LITERATURA MINEIRA - A Crônica Mineira, coluna Guimarães Rosa, Escritores Mineiros, escritores famosos no Brasil e no mundo
Professora orientadora: Lidiane Oliveira Andrade
Turma: 7º4
A Crônica
Mineira
Maria Clara Pires Soares Borges 7º4
O mais amorável dos gêneros, na expressão do
jornalista João Paulo Cunha, a crônica passou do estatuto de “menor” até
atingir sua maioridade. Notável contribuição para a mudança deve ser creditada
à crônica mineira, para além da natureza gentílica ou geográfica da expressão.
A crônica feita em Minas e por mineiros constitui uma tradição de alto nível, consolidada
entre os anos de 1930 e 1970.
A
crônica é fatalmente ligada ao crescimento das cidades e ao desenvolvimento da imprensa.
E também na relação entre esses dois fatos, ou seja, no modo como o jornal se
insere na vida citadina. Esses fatores têm uma trajetória atribulada, de
caráter tardio em Minas Gerais, sexta província a possuir periódicos no Brasil,
só depois de Rio de Janeiro (1808), Bahia (1811), Pernambuco (1821), Maranhão
(1821) e Pará (1822). No início de 1823, já havia mais de 50 periódicos no
país, mas o primeiro jornal do Estado só seria lançado em 13 de outubro de
1823, o Compilador Mineiro, em Ouro Preto, com duração de apenas três meses.
Logo em seguida, as primeiras cidades a disporem de seu próprio jornal foram São
João del-Rei, Serro e Diamantina.
O
primeiro cronista de Minas Gerais foi o português de múltiplas habilidades
Alfredo Camarate (1840–1904),3 que chegou à “nascente nova capital mineira”
(conforme Eduardo Frieiro) em 1894, com engenheiros, arquitetos, empresários e
operários integrantes da Comissão Construtora da Nova Capital.
Jornalista,
compositor, crítico musical, publicou não só em Minas, mas também em jornais de
Rio e São Paulo. Com o pseudônimo de Alfredo Riancho, escreveu as crônicas inaugurais
de uma cidade mesmo antes de seus primeiros sopros de vida, quando prosseguiam
os preparos para pôr abaixo o antigo Curral del-Rei e, em seu lugar, fazer
surgir Belo Horizonte, marcando a transferência da sede da capital de Ouro
Preto para o novo burgo planejado.
Mas no
final dos anos de 1920, os primeiros e tímidos sinais de progresso começam a
aparecer. No final de 1926, é lançado pelo jornalista Victor Silveira o (também
fugaz) Correio Mineiro, apontado como o periódico precursor do novo momento da
imprensa de Belo Horizonte. Em artigo escrito seis anos depois, o cronista
Moacir Andrade considera Victor Silveira como o fundador da imprensa moderna em
Minas.
Mas,
efetivamente, o surgimento da imprensa moderna, em Minas, se dá com o Diário da
Manhã, que representou o estabelecimento de Belo Horizonte como centro da imprensa
mineira, ostentando a Marinoni, primeira impressora rotativa de um jornal
privado na capital mineira. Jornalista, contista e ensaísta, Moacir (ou Moacyr)
Andrade (1897–1979) escreveu romances, biografias e ensaios, e também recorreu
aos pseudônimos para assinar seus textos jornalísticos, artifício muito comum
nas primeiras décadas do século passado: José Clemente, Gato Félix, o Espírito
de Antônio Carlos e Patrício Sobrinho foram alguns deles.
A
participação dos irmãos nos periódicos pode ser ilustrada com o número 1 da
Revista Alterosa, de agosto de 1939, que traz um texto de Djalma Andrade
—“Águas Passadas”. Na mesma edição, uma matéria descreve um passeio pela
capital mineira do crítico literário Agripino Grieco, que inclui, entre os
cinco maiores cronistas de Minas, “e dos melhores do Brasil”, Moacir Andrade
—“o endiabrado Gato Félix do Diário da Tarde —o qual me agrada totalmente”. E
Jair Silva, “cujas crônicas sempre lia com grande satisfação”.
A
crônica moderna em Minas começa a se consolidar nos anos de 1930, também como resultado
das conquistas da Semana de 22, tal como avaliou Fernando Sabino.
O
caso de Otto Lara Resende é especial. Fanático por jornal, como se autodefinia,
ele estreou na profissão aos 16 anos, em Belo Horizonte, colaborando para O
Diário, dirigido por seu pai, Antônio Lara Resende. Em sua trajetória, atuou
como repórter, editorialista e foi diretor do Jornal do Brasil e da TV Globo, com
passagens pelos principais jornais brasileiros. Otto consagrou-se como cronista
muito mais tarde, como titular do rodapé da página 2 da Folha de S. Paulo, de
1991 a 1992. Uma coletânea dessa produção foi reunida em Bom dia para nascer,
de 1993.
Nos
anos de 1950 e 1960, em Belo Horizonte, um jornal se distinguia: era o Binômio,
criado por José Maria Rabelo e Euro Arantes. Entre 1962 e 1964, a revelação do semanário
era o futuro contista Wander Piroli.
Nesse
período, ele assinou a coluna “Nossa cidade”, em que registrava cenas do cotidiano
da capital, sobretudo da região central e do bairro Lagoinha, um dos mais
antigos da cidade. Nesse espaço, Piroli publicou versões do que seriam os
contos de A mãe e o filho da mãe (1966), mas também alguns textos que podem ser
considerados como crônicas. Nos anos de 1980, Wander escreveu mais de 500 crônicas
para as Rádios Guarani e Inconfidência. Entre 1996 e 1997, manteve uma coluna
no modesto Diário de Belo Horizonte, com mais uma fornada de textos curtos.
Em
1965, refazendo a rota de saída de Belo Horizonte para além-fronteiras, Ivan Angelo
alterou o rumo seguido antes por Fernando Sabino e seus amigos. Dessa vez, o destino
era São Paulo, com o intuito de trabalhar no Jornal da Tarde. Ivan, que já
havia lançado com Silviano Santiago, em 1961, Duas faces, coletânea de contos e
novelas, ficaria conhecido nacionalmente com o romance A Festa, de 1976. Sua
experiência com a crônica teve início em 1962, publicando na revista Alterosa,
dirigida pelo futuro contista, romancista e também cronista Roberto Drummond.
Muito
tempo depois, na década de 1990, Ivan assumiu sistematicamente o papel de cronista,
passando a escrever regularmente O que é uma crônica? Essa é a pergunta, ao mesmo
tempo simples e complexa, que, ao longo das décadas, os cronistas mineiros têm tentado
responder, valendo-se —tal como Antonio Candido descreve a crônica brasileira —“de
uma linguagem lírica, irônica, casual, ora precisa, ora vaga, amparada por um
diálogo rápido e certeiro, ou por uma espécie de monólogo comunicativo”.32
Desse
modo, sob o signo da diversidade de temas e estilos, os escritores têm mantido viva
e fértil a tradição da crônica em Minas.
Fotos de Minas
Professora orientadora: Lidiane Oliveira Andrade
Turma: 7º4
Aluna: Clara Borges Maia Oliveira Marques
Site: jeonjungkook\noticias.com
Jornalista :
Namjoon
Empresa : Bangtan
Sonyanda
A CRÔNICA MINEIRA
27\11\2020 –
atualizado há 6 horas
A crônica é fatalmente ligada
ao crescimento das cidades e ao desenvolvimento da imprensa. E também na
relação entre esses dois fatos, ou seja, no modo como o jornal se insere na
vida citadina. Esses fatores têm uma trajetória atribulada, de caráter tardio em
Minas Gerais, sexta província a possuir periódicos no Brasil, só depois de Rio
de Janeiro (1808), Bahia (1811), Pernambuco (1821), Maranhão (1821) e Pará
(1822). No início de 1823, já havia mais de 50 periódicos no país, mas o
primeiro jornal do Estado só seria lançado em 13 de outubro de 1823, o Compilador
Mineiro, em Ouro Preto, com duração de apenas três meses. Logo em seguida, as
primeiras cidades a disporem de seu próprio jornal foram São João del-Rei, Serro
e Diamantina.
O primeiro cronista de Minas
Gerais foi o português de múltiplas habilidades Alfredo Camarate (1840–1904),3
que chegou à “nascente nova capital mineira” (conforme Eduardo Frieiro) em
1894, com engenheiros, arquitetos, empresários e operários integrantes da
Comissão Construtora da Nova Capital.
Jornalista, compositor,
crítico musical, publicou não só em Minas, mas também em jornais de Rio e São
Paulo. Com o pseudônimo de Alfredo Riancho, escreveu as crônicas inaugurais de
uma cidade mesmo antes de seus primeiros sopros de vida, quando prosseguiam os
preparos para pôr abaixo o antigo Curral del-Rei e, em seu lugar, fazer surgir Belo
Horizonte, marcando a transferência da sede da capital
de Ouro Preto para o novo burgo planejado.
Camarate morava em Sabará.
Para chegar no Curral Del-Rei, utilizava-se de meio de transporte comum na
época, um lombo de animal.
A crônica é um gênero
interessante, pois exige concisão, leveza e desprendimento, situando-se num
espaço indeterminado entre a narrativa, o ensaio, a poesia e a conversa fiada.
Não prescinde nunca do improviso, por mais que tenha sido pensada. É um
registro precário, mas suficiente, dos dias e das horas que compõem o que
chamamos de vida. Pode ser lírica, dramática, ácida, reflexiva, divertida.
Leva quem a escreve ao
exercício da liberdade de falar sobe qualquer coisa, desde que essa coisa possa
trazer algo que instigue o interesse e a imaginação do leitor.
Aliás, o leitor é o fundamento
de toda crônica, pois ela tem que falar ao ouvidode cada um, convidando-o à conversa,
à reflexão e ao devaneio.
Grandes cronistas brasileiros
do século XIX —Joaquim Manuel de Macedo,
José de Alencar, Machado de Assis e Olavo Bilac —já republicavam em livros as
crônicas que escreviam para jornais.
Tal prática foi talvez desenvolvendo
em leitores —antepassados nossos —a percepção da historicidade do gênero. E
talvez tenha sido também esta migração que foi levando a crítica literária a
reconhecer a literariedade do gênero.
Escrever crônica modifica o
olhar que dirigimos às coisas, à cidade, aos fatos do cotidiano. Seja a uma
vassoura esquecida junto a um portão ou ao último grande atentado. Podemos ler
distraidamente qualquer notícia, mas se ela vai ser objeto de uma crônica, a
leitura é outra. Assim como, durante e depois do exercício da crônica, é outro
o olhar com que lemos aqueles que construíram a tradição do gênero em Minas e
no Brasil.
****************************************
Professora orientadora: Lidiane Oliveira Andrade
Turma: 7º4
Aluna: Maria Júlia Oliveira Ribeiro
Professora orientadora: Lidiane Oliveira Andrade
Turma: 7º4
Professora orientadora: Lidiane Oliveira Andrade
Professor orientador: Marco Aurélio
Aluno: Raphael Nunes Mendes
Turma: 6º4
*****************************************
E.E.DR Duarte Pimentel de Ulhôa
Aluno: Nícolas Eraldo Freitas Andrade
Turma:6°4
Professor: Marco Aurélio
Feira Cultural
Tema: Top 4 da literatura
mineira-nossos escritores mais famosos no Brasil e no mundo!
Batista Queiroz
Natural de Patrocínio-MG. Nasceu e se criou numa pequena fazenda. Desde
criança até os 16 anos, trabalhou no campo. Foi candeeiro de carro de boi. Construiu
e consertou cercas de arame farpado e ordenou vacas leiteiras, estudou em
Escola Rural. Aos 18 anos, fez concurso e ingressou no Exército para seguir
carreira. Se graduou em Administração e Economia pela Universidade do Distrito
Federal, onde mais tarde foi professor. Foi nomeado Instrutor na Escola das Américas. Retornando
ao Brasil foi nomeado Secretário Geral da Conferência dos Exércitos Americanos.
Foi responsável pela Segurança do Papa João Paulo II.
Esse é o autor
da poesia “ Ser Mineiro”. A poesia fala sobre: as qualidades de ser mineiro.
Cidade de Patrocínio
Foto de Batista
Queiroz
Adélia Prado
Adélia Prado nasceu em
Divinópolis-MG. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Padre Martins Lobato. Em
1950 escreveu seus primeiros versos. Posteriormente, ingressou na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis e em 1973 formou-se em Filosofia.
Adélia Prado publicou seus
primeiros poemas em jornais de Divinópolis e Belos Horizonte. Em 1971 dividiu a
autoria do livro ”A Lapinha de Jesus” com Lázaro Barreto. Sua estreia individual só veio em
1975, quando remeteu os originais dos seus novos poemas para o crítico
literário Affonso Romano de Sant’ana, que entregou para Carlos Drummond de
Andrade para a sua apreciação, impressionado com suas poesias Drummond as
enviou para a Editora Imago ,nesse mesmo ano os poemas de Adélia foram
publicados no livro “Bagagem”(1975) que chama a atenção da crítica pela
originalidade e pelo estilo.
Adélia Prado publicou poemas como: Casamento, Janela, Fragmento
etc.
Cidade de Divinópolis
Foto de Adélia Prado
Fernando Sabino
Fernando Tavares Sabino nasceu em Belo
Horizonte-MG. Em 1930, após aprender a ler com a mãe, ingressou no Grupo
Escolar Afonso Pena. Fez o curso secundário do Ginásio Mineiro. Ao final do
curso conquista a medalha de ouro como primeiro aluno da turma.
Em
1936 Fernando Sabino tem seu primeiro conto policial publicado na revista
“Argus”, da Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Em 1938 ajuda a fundar um
jornal “A Inúbia”, no Ginásio Mineiro. Fernando Sabino começou a colaborar
regularmente com artigos, crônicas e contos nas revistas “Alterosas” e “Belo
Horizonte”. Em 1941 inicia o curso superior na Faculdade de Direito de Minas
Gerais
Algumas das obras de Fernando Sabino
são: O Menino do Espelho, A Faca de Dois Gumes e A Mulher do Vizinho.
Cidade de Belo
Horizonte
Foto de Fernando
Sabino
Murilo Mendes
Murilo Monteiro Mendes nasceu em Juiz
de Fora-MG. entre 1912 e 1915 ,estudou poesia e literatura. Em 1917 foi para
Niterói e ingressou no Colégio Interno Santa Rosa, porém, fugiu do colégio e se
recusou a voltar.
Nesse mesmo ano, foi para o Rio
de Janeiro com seu irmão mais velho, o engenheiro José Joaquim, que o colocou
como arquivista na Diretoria do Patrimônio Nacional. Em 1920, passou a
colaborar com o jornal “A Tarde”, de Juiz de Fora, produzindo artigos para a
coluna Chronica Mundana, com a assinatura MMM
e depois com pseudônimo “De Medicinalli”. Em 1924 passou a escrever
poemas para as duas revistas modernistas “Terra Roxa e Outras Terras” e “
Antrapofagia”. E em 1930, lançou seu primeiro livro “Poemas”.
Algumas das obras de Murilo
Mendes são: Poemas, Parábola e Poesia
Cidade de Juiz de Fora
Foto de Murilo Mendes
*********************************************************************************
***********************************************************************
A literatura mineira!
Olá, hoje eu
falarei sobre a literatura mineira, bom vamos começar.
A literatura mineira se desenvolveu ainda no século 18, quando Vila
Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro econômico e político da então Colônia Portuguesa,
formando a primeira geração literária brasileira. Na época do ouro, os poetas
árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da
Costa, se inspiravam em paisagens locais e em ideais bucólicos. Mas alguns
deles acabaram se relacionando na questão política da região que eclodiu na
Inconfidência Mineira, no fim do século.
Tempos depois já no século 19, no Romantismo e
posteriormente no Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo Guimarães
e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.
O século 20, já no começo, é marcado pelo
retorno de Minas Gerais ao mundo da
literatura nacional com grande projeção. Um dos grandes marcos é a
produção literária de Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de
1902. Formado em farmácia - por insistência da família - o escritor se uniu a
outros autores, dentre eles Emílio Moura, e fundou "A Revista", para
divulgar o Modernismo no Brasil. Uma das principais temáticas do autor é sua
terra natal. Só mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos o irrevelável
segredo chamado Minas.
No ano de 2008, é comemorado os 100 anos de
nascimento de um dos maiores escritores do Estado: o também médico e diplomata
João Guimarães Rosa, nascido em Cordisburgo. Em 1946, com o lançamento de Sagarana,
ele revoluciona a literatura brasileira com seu experimentalismo linguístico,
buscando nas tradições orais e na fala do sertanejo a matéria-prima para sua
escrita. Essa fusão recria o imaginário a respeito do sertão e torna a obra de
Guimarães Rosa ainda mais singular.
"Quando escrevo, repito o que já vivi
antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras
palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria
de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma
de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são
tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens."
Agora, antes de encerrar devo ressaltar outros
importantes escritores mineiros, podemos lembrar ainda de nomes como Abgar
Renault, Cyro dos Anjos, Murilo Rubião, Affonso Romano de Sant'Anna, Murilo
Mendes, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Henriqueta
Lisboa, Oswaldo França Júnior, Roberto Drumond, Bartolomeu Campos de Queiroz e
Ziraldo. Mas a literatura mineira reflete sua diversidade e criatividade também
nas novas gerações de escritores que experimentam estilos e gêneros, apontando
para o novo, para o que ainda está sendo escrito, descoberto, na prosa, na
poesia, no ensaio, na ficção.
Fontes: https://www.mg.gov.br/conheca-minas/literatura
Emerson Pessalácia Filho 7° 04